segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Minhas tardes nunca mais foram iguais,mas continuam iguais.

Autômatos? Parecemos autômatos,eu e minha mulher repetimos diariamente os mesmos rituais,acordamos bem cedo,acordamos as crianças,banho,café e partida para trabalho e escola,todo dia no automático,mas não tem jeito.Quando tento parar um pouco pra pensar,claro para pensar,quando acordo adoro pensar e divagar nesse horário,mas o relógio me empurra pra frente e os pensamentos se diluem no primeiro gole de café.Quando vou ver já estou jogado no transito levando as crianças e depois me levando para mais um dia de repetição no trabalho.O dia todo com gestos repetitivos e depois casa de novo,onde tudo se repete à noite,cansados deitamos e nada acontece na cama.Desde que as crianças nasceram esta dinâmica mudou,e eu não tenho mais meus momentos de intimidade com minha mulher. Porque é assim? Porque ficou assim? Porque permitimos que ficasse assim? Será que todos casais são assim? Claro que não. Mas eu quero salvar meu casamento,tenho de.Percebi que não nos tocamos de manhã,nem de noite,beijos e carinhos ficaram lá pra trás e o distanciamento cada vez mais se aprofunda.Ou faço alguma coisa,ou me acomodo como muitos,ou me separo.Mas amo minha mulher e tenho que acender esta chama de novo.

Fiquei acomodado e dois colegas de trabalho perceberam uma certa melancolia no meu dia a dia no trabalho,até que me convidaram pra ir numa sauna no horário do almoço.Vivenciei lá emoções e alegrias que eu pensava não mais existir,mas quero essas emoções e alegrias lá em casa e não na rua. Viciei,se posso usar este termo e agora vou pelo menos duas vezes por semana na sauna e sempre escolho a mesma mulher porque sei que lá não vou ter compromisso.Mas sabe o que esta acontecendo? estou entrando numa rotina lá também.Acho que a vida é assim mesmo...

2 comentários:

  1. O problema aí, se é que existe, é de movimento e não de amor. Queremos ter tudo e nada temos.
    Bj

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  2. É muito raro ver um homem romper um casamento, pois a grande maioria, como o personagem desta crônica, se acomoda na rotina, e vai procurar na rua, o que não tem mais em casa e, depois de passada a euforia inicial, se vê de novo na mesmice, só que desta vez, de cunho sexual sem nenhuma afetividade. Concordo com o que disse a Jô, a questão é mais de movimento do que de amor.

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